Dias complicados e por isso acabei não conseguindo escrever demais. Por outro lado, a net anda até mais vazia nesse feriadão e, espero, na próxima semana as coisas voltem ao normal e eu vou escrever todo dia. Mas hoje eu não posso deixar de contar um caso que quero contar desde que lancei o blog. Então vamos à história.
Não há muitas coisas piores, para um solteiro, sozinho e sem empregada, do que um botão que se solta na hora em que você já está pronto para sair. E isso já aconteceu comigo algumas vezes. Pior que ter a paciência de, calmamente, costurar o botão de volta é não ter como fazer isso. Não ter linha, não ter agulha...
E na green house não tem nada disso. A solução então qual é? Trocar de camisa, certo? Nem sempre... Eu consegui desenvolver um sistema eficiente de solucionar problemas para evitar a troca de camisa na última hora. Até porque nem sempre é possível trocar a camisa de ultima hora.
Aliás, eu tinha que contar essa história aqui, pois até agora eu passei a impressão de que tudo que tento fazer dá errado. Monto a cama... errado. Lavo vasilha... quebro copo. Monto chuveiro... fica péssimo. E não é nada disso. Eu sou um bom solteiro, sozinho e sem empregada.
Explico minha técnica, que já usei três vezes.
Era um dia comum e eu já atrasado para ir ao trabalho quando a porcaria do botão de uma camisa pêssego que eu tinha resolveu soltar e rolar para debaixo do móvel da cozinha. A primeira reação foi pensar em qual palavrão eu xingaria, mas pensei que não adiantaria muito. Com a ajuda de um chinelo, consegui resgatar o botão. Agora vinha o mais difícil: costura-lo de volta sem linha, sem agulha e sem nada.
A saída veio da cozinha também, quando vi um pacote de pão de forma dando mole em cima do mesmo móvel sob o qual caiu o pobre botão. Peguei o pacote e tirei aquele araminho de amarrar. Ele tem uma borrachinha por fora, mas se você descascar (pode fazer com o dente mesmo), aparece um araminho do mais puro metal, muito resistente e flexível.
Pois eu peguei o araminho e trancei de um lado para o outro no botão, enrolando depois o outro lado e partindo o mais rente possível ao botão. A pontinha, do lado de dentro, eu dobrei para baixo e pronto. Ta resolvido. Nunca ninguém percebeu e quando eu mostrei o araminho no botão algumas pessoas chegaram a se surpreender e parabenizar pelo ato que me fez pensar ser o Jack Bauer, o Mcgiver, o Capitão Nascimento... enfim, um cara capaz de fazer qualquer coisa funcionar.
Aliás, o negócio funcionou tão bem que não saiu nem na máquina de lavar e usei em três camisas durante algum tempo... Só substitui o araminho quando fui pra Juiz de Fora, minha cidade-natal, quando minha mãe, que tem linha e agulha, resolveu o problema.
Por falar em problema, há apenas um porém na utilização de tal artefato. Se você não dobrar e não cortar bem o araminho, ele pode te espetar de vez em quando. Se alguém te der um abraço muito forte ou coisa parecida... é um risco. Mas nenhuma perfuração peitoral que vá te matar. Apenas uma espetadinha de leve.
Mas se for bem feito é uma beleza. É mais resistente do que se imagina. As camisas já deviam vir de loja com aqueles araminhos. Vou lançar uma teoria sobre isso. Aliás, alguém sabe o nome daquele araminho de fechar pão de forma?
sábado, 17 de novembro de 2007
O botão, o araminho e o Jack Bauer
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Um comentário:
Saber o nome, eu num sei, mas vende em um supermercado proximo a minha casa um rolo com aquele arame... eh uma maravilha aquilo... E mto boa a dika...
Obs: Tbm sou solteiro sem empregada... hehehe...
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