quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Fantasmas do passado

Depois de algum tempo tive uma folga no meio da semana, hoje. Mas o que era para ser um dia de paz e tranqüilidade na green house se transformou em um remake de pesadelos antigos. Os fantasmas do passado vieram me assombrar nesse território clorofilado. Em menos de uma hora três casos contados aqui no blog vieram em minhas memória em uma sucessão de problemas que separados já irritam... e juntos quse são capazes de provocar uma reação atômica em um cidadão comum. Caros leitores, não sei se lembram de um desenho do Pateta que ele se transformava no "senhor volante" (cliquem pra ver!). Basicamente ele saia pela rua enquanto o narrador dizia se tratar de um cidadão pacato, capaz de evitar pisar em uma formiga ou barata se a visse pelo chão em uma calçada. Mas bastava entrar no carro para ele se tranformar no terrível "senhor volante". Era o stress em pessoa. Um ser humano capaz das maiores crueldades, atropelando e matando pelas ruas e provocando os maiores danos em quem estivesse ao seu redor.

Ao mesmo tempo lembrei de outro desenho animado de minha infância. Um do Pato Donald, que ele se irrita várias vezes e vai seguindo o exemplo de um narrador de um programa de rádio que sugere que ele conte até dez para não explodir de stress.
Lembrei esses dois desenhos pois estive quase a ponto de repetir Pateta e Pato Donald por aqui. Primeiro com o meu chuveiro, o famoso furadinho. Já contei aqui um dia os dramas para trocar chuveiro que tive quando ainda estava hospedado na casa de um amigo, aqui mesmo no prédio. Foi no episódio: "O dia que o furadinho pifou". Contei outro drama com chuveiro no episódio seguinte, o "Vai levar o veda-rosca".

Notem duas coisas: não tenho sorte com chuveiros, mas já tenho alguma experiência com eles. Voltei lá na mesma loja do caso anterior e comprei um outro chuveiro, agora bem melhor (e mais caro) para evitar problemas futuros. Não comprei o veda-rosca, mas por um motivo nobre: eu já tinha o veda-rosca agora, que comprei para instalar o filtro de torneira da minha cozinha. E, com até alguma facilidade eu consegui instalar o chuveiro.
Dessa vez meu trabalho foi um sucesso e tive apenas um percalço. Sinceramente não entendo porque os chuveiros não vêm de fábrica com um dispositivo para tampar aquela saída para a mangueirinha, lá de cima. Tenho certeza de que, como eu, muitos preferem a ducha de água na cabeça mesmo, sem aquela porcaria daquela mangueirinha dependurada ocupando espaço e soltando do suporte toda hora...
Todos os chuveiros da minha antiga casa lá em Juiz de Fora, da casa dos meus pais, da casa da minha tia e de todos os lugares onde eu convivi tinham o mesmo problema: a porcaria da mangueirinha que, ou soltava do suporte da parede no meio do banho, ou pior: soltava do chuveiro lá em cima jorrando água na parede e me fazendo sentir frio nos momentos mais inconvenientes. Duvido que alguém nunca tenha passado por situação semelhante ao menos uma vez!

Então me diga, Deus do céu: porque é que as fábricas de chuveiro não mandam, dentro da caixinha, um simples tampão para a gente colocar lá em cima em troca da mangueirinha??? Algum visitante que trabalhe na Lorenzetti ou na Fame pode me responder? Que coisa. Vou patentear um troço desses e ficar milionário. Isso vale tanto quanto inventar uma alternativa ao guarda-chuva, o objeto mais odiado do universo!
Pois bem. Maaas já que ninguém teve a brilhante idéia de colocar isso na caixinha do chuveiro, tive que improvisar mais uma vez. Molhei pedacinhos de papel higiênico verde e enchi aquele buraquinho do chuveiro de papel molhado, entupindo-o completamente. A água tentou sair e conseguiu bons resultados em primeiro momento. Mas eu parti então para a segunda fase de meu plano e usei o famigerado "veda-rosca" como meu aliado. Passei o veda-rosca por fora do buraquinho (do chuveiro!!!), dando voltas e enrolando aquela fita que se dissolve até garantir a segurança dos papéis que entupiam o cano e, pronto, nos primeiros testes meu dispositivo anti-mangueirinha funcionou perfeitamente. Lembrou-me a solução da parafina, que usamos no chuveiro do Marcelo, meu vizinho do 1.005.
O estress de resolver as pendências do chuveiro me deu fome e fui à cozinha comer alguma coisa. Pensei em uma goiabada que estava dobrando serviço na geladeira, desde que minha mãe veio me visitar. Só que inexplicavelmente quando fui pegar a tal goiabada eu trombei com a geladeira, balançando-a e, por sua vez, balançando o microondas que fica em cima dela e, consequentemente, balançando tudo o que estava sobre o microondas, incluindo meu mini vidrinho de sal, que caiu daquela altura toda por milésimos de segundo indo espatifar se em um dos meus verdes tapetes da cozinha. A situação lembrou-me dois problemas antigos: a falta de sal, que me obrigou a implorar pelo produto à dona Maria do Carmo (episódio "O Sal e a Dona Maria do Carmo") e o trágico acidente ecológico que tratei em "Na manteiga".
Òbvio que a limpeza foi mais fácil do que na vez anterior. Assim como a solução para o chuveiro foi mais rápida e eficiente. Mas isso me mostram duas coisas. Uma boa e uma ruim. A boa é que da segunda vez tudo parece mais fácil. A ruim é que: sim, é possível. Um raio pode cair duas vezes no mesmo lugar (ou no mesmo lugar que caiu a manteiga)!


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8 comentários:

Anônimo disse...

>> É impressionante! Vedar cano com chumaço de papel higiênico verde com veda-rosca???!!! Mas isso é a maior revolução tecnológica da história da humanidade! Vai mudar tudo! A NASA já está aplicando em naves espaciais. A Apollo 13 nunca teria pifado se já soubessem disso! E agora, com certeza, os vulcanos que estão passando por aí vão fazer a leitura do sinal warp que isso vai emitir, e faremos o primeiro contato!!!! Vida longa e prosperidade!!
>> E a alternativa do outro? Parafina??!!! Pelamordedeus!!! E quando ele muda para a história da goiabada? Por instantes, meu sangue gelou, imaginando que tivesse sido sua próxima tentativa de vedação... Jornalista tentando consertar chuveiro dá nisso!
>> OK, OK, vamos salvar a pele desses caras...
Seguinte, homens de letras: peguem a tal da mangueirinha, cortem um pedaço, encaixem na tal saída do chuveiro. Dobrem umas duas vezes e amarrem com arame, fita isolante, etc. Resolvido!

Talita Braga disse...

bom diiiiiiiiiiiia!
meniiiino nem te conto !huahuahua

Anônimo disse...

:-) Já a Talita... Beleza pura! Uma pessoa que gosta do Paço Imperial pode até por fogo na mesa!

Talita Braga disse...

Muito obrigada!! rs
Fala isso pras amigas da república! Pq elas tão me excomungando por causa da mesa até hoje! rs

Elaine F.S. disse...

Tinha tempos que não passava por aqui. Voltei e adorei a história - como sempre.
boa sorte na green house - prometo visitá-la em 2008.....eheheh
bjokas

Winnie disse...

AAhh o velho e bom potinho de sal que se espatifa no chão!! Já tentou não limpar de imediato?? Depois de um tempo ele se hidrata e vira gotinhas de agua salgada.. fica mais fácil pra limpar, rsss...
Ahh não me pergunte como eu descobri isso.. digamos quando eu entro na cozinha (quando não é pra cozinhar) eu viro um "senhor volante", ou uma "senhora cozinha",hehe...

Talita Braga disse...

Cuidado com essa coisa de sal....dizem que sal derramado dá azar......
Tô na onda zen do feng shui!
OOOOOOOOOOOOOOOOOMMMMMM
Namastê,versão masculina!

Vanessa Oliveira disse...

Só faz lambança...rs
Nunca vi!
;o)
bjokas