quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Supermercado não é o paraíso

Dia desses escrevi aqui no blog que adoro ir no Supermercado. E adoro mesmo. É de fato minha segunda casa, embora não chegue aos pés da querida e combinante green house. Mas nem tudo no Supermercado me faz bem. Eu confesso que, além dos preços não serem sempre convidativos, costumo me irritar algumas vezes enquanto empurro meu carrinho por entre os corredores de quão grande estabelecimento.
Costumo comprar naqueles hipermercados mesmo. O meu preferido, simplesmente por ser em frente ao local onde trabalho, é o Wal Mart. De lá, venho com minhas compras feliz da vida, de taxi, até em casa, quando despejo tudo em cima da mesa e vou fazer outras coisas enquanto ganho ânimo para abrir sacola por sacola e guardar tudo em seu devido lugar.
Essa semana fui no Wal Mart e percebi as coisas que me irritam. Antes, cabe ressaltar que fui no supermercado com fome e, como disse recentemente, isso é um convite ao consumo exagerado. Em resumo: dá um prejuízo danado (Veja o post aqui!). Mas não foi isso que me irritou. Pelo contrário. Adoro comprar, então esse não foi meu problema. Então o que irritaria tanto um solteiro, sozinho e sem empregada, justamente em seu paraíso de compras, o supermercado? Vamos aos tópicos então.
1) OS CARRINHOS
O Wal Mart agora arrumou novos carrinhos. Alguns menores, com dois compartimentos, ao estilo daqueles que possuem em supermercados menores. Isso é ótimo. E colocou os carrinhos mais próximos da entrada. O que também é ótimo, principalmente em dias de chuva, quando você tem que segurar seus pertences com uma mão, o guarda-chuva com a outra e empurrar o carrinho com a outra. Mas que outra? Só temos duas mãos, normalmente...
Mas essa pequena mudança de local e de tamanho dos carrinhos não resolve todos os problemas. Um que sempre me irrita são aqueles carrinhos cambetas... que ficam tentando forçar a barra e ir para um lado, enquanto vc luta para ir para o outro. Aliás, além de rodas mais eficientes, os carrinhos deveriam ter direção hidráulica.
Outra coisa que me irrita são os barulhos que as rodinhas fazem. Normalmente elas possuem pequenas falhas que fazem com que, em um intervalo de tempo cronometrado façam um barulho de batida enquanto vc anda. È tipo um "xiiiiiiiii pá.... xiiiiiiiiiiiiiiiii pá... xiiiiiiiiii pá", imaginando que um xiiiiiiiiiii é um som de um carrinho normal (praticamente inexistentes no mundo moderno).
Uma terceira coisa em relação aos carrinhos me irrita. Em alguns setores do supermercado, o espaço para sua passagem é pequeno, principalmente para a parte de trás do carrinho, que é sempre mais larga que a parte dianteira. E tem sempre uma infeliz que pára incorretamente seu carrinho atravessado nos corredores, dificultando sua passagem. Para piorar, a pessoa coloca o carrinho atravessado alguns metros distantes dela, enquanto olha lá na ponta da prateleira se uma lata de extrato de tomate tem 250 ou 255 ml. E fica lá, abaixada, com a calcinha aparecendo, durante uns segundos, até que se perceba de que tem um pobre coitado querendo passar e quase chutando o carrinho dela e derrubando todos os refrigerantes refrigerecos (guaraná perereca) que ela comprou e aquelas várias caixas de leite longa vida que ela pegou para estocar aproveitando a "promoção". É muita cara de pau! E muita breguice! E muita folga! E muito azar meu!
2) AS SACOLINHAS SEM VERGONHAS
Outra coisa que não suporto são aquelas sacolinhas de plástico cada vez mais vagabundas que tem para a gente. E o fato de que eles disponibilizam poucas, obrigando a gente a colocar uma coca dois litros em uma só e ir carregando sob o risco de rompimento, enquanto o plástico se afina e tenta cortar nosso dedo ao meio. Além disso, elas possuem, na maioria das vezes, um tamanho padrão que não nos permite colocar certas coisas, que ficam mais da metade para o lado de fora, dificultando assim seu carregamento. E depois as sacolas ainda se tornam um inferno. Enchem sua casa e poluem o meio ambiente. Enfim: um desastre completo.
3) AS AMEAÇAS
Isso eu não tinha percebido... Reparei que o auto-falante do Wal Mart (e o dos outros supermercados também) divulga informações ameaçadoras aos pobres clientes indefesos. Eu estava sem idéia do que comprar, passeando entre os corredores e prateleiras, quando resolvi prestar atenção em uma dessas mensagens que dizia: "Senhores clientes: evitem abrir, consumir ou degustar nossos produtos no interior da loja, evitando assim problemas com a nossa segurança". Se tocaram? Isso é uma grave ameaça. Eles querem passar por bonzinhos, que estão lhe dando informação preciosa... mas na verdade estão te ameaçando. Será que isso não é constrangimento ilegal? Basicamente, eles arranjaram um jeito suave e viadinho de dizer o seguinte: "Alô gatuno safado: nem pense em meter a mão e sair abrindo um desses nossos bens, nem comer um pedacinho, provar ou enfiar a cara em nossos produtos enquanto estiverem aqui dentro, ou seja, antes de pagar. É um aviso pois se fizerem isso e vierem a subtrair, tungar ou afanar alguma coisa nossa segurança vai pegar vocês pelo colarinho e imobilizá-los, isso se não partir para a agressão física. Ladrão é pra tratar com porrada. Não vou avisar de novo".
Não é isso que eles querem dizer, na prática? Senti-me ameaçado, mesmo não sendo um daqueles que toma o iogurte dentro do mercado depois leva aquele copinho amassado para passar no caixa... Que fomiagem! Não dá para esperar chegar do lado de fora? E depois fica com o dedo melado pois enfia a porcaria do dedo lá dentro do copo para raspar as beiradas. Fora que depois a moça do caixa fica com má vontade pra pegar o cartão de crédito do sujeito, meio rosado de iogurte que passou do dedo para lá. Isso sem contar com a beirada da boca suja de iogurte. Já vi muitos fazendo isso no mercado. Eta raça humana!
Enfim... desabafei. Precisava falar algumas verdades sobre o supermercado pois o outro post foi jabá demais!

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sábado, 23 de fevereiro de 2008

Contrabando de pipoca

Como já falei em posts antigos, não é só aqui na green house que sofro com dramas incontáveis. A vida de um solteiro sem empregada é difícil até mesmo fora das quatro paredes e mesmo quando não estamos sozinhos. Principalmente quando a pessoa que está com a gente é tão fadada a situações inusitadas como nós. Pois bem. No último final de semana viajei ao Rio de Janeiro, para visitar uma grande amiga dos tempos de faculdade, ver um jogo de futebol e voltar mais vivo do que nunca. E minhas viagens, como mostra o post sobre a ida a Porto Alegre, não são comuns.
Dessa vez, entre várias situações engraçadas, aconteceu uma que realmente tem a minha cara. E a cara da Vanessa, essa minha amiga figuraça também. Com tanta coisa para fazer no Rio e com pouco tempo para aproveitar, decidimos ir ao cinema no domingo. Ver dois filmes!!!
Vanessa é fanática por pipoca. Eu nem sou tanto, mas ela é. E cismou que a pipoca do cinema onde íamos, em Botafogo, era ruim. Muito melhor era a do Cinemark que ficava no shopping uns dois ou três quarteirões à frente. Não pensei duas vezes e, preocupado com seu grande interesse pela pipoca, aceitei que comprássemos o produto no shopping. Só que nem me toquei, ou talvez nem soubesse, que estavamos comprando pipoca de um cinema para entrar em outro cinema, concorrente aliás...
Como já havíamos devorado batatas recheadas antes do primeiro filme, decidimos que compraríamos a pipoca apenas para o segundo filme. E traçamos nosso plano mirabolante: Vamos ao cinema, assistimos "Os fracos não têm vez", que terminaria por volta de 21h. Saímos de lá, vamos ao tal shopping, enfrentamos a fila da pipoca de lá, compramos a pipoca e voltamos às pressas para assistir "Sweeney Tood" às 21h40.
Vimos o primeiro filme e fomos em busca da pipoca. Compramos aquela maior possível. Se tivesse outra ainda maior compraríamos. E, fomiagem, sugeri que comprassemos também aqueles copos de refrigerante de um litro. Um para cada. Precisei quase assinar um contrato garantindo a ela que, se ela não aguentasse o refri dela, eu tomava ele também. Saí de lá com aqueles dois copos gigantes e a pipoca igualmente gigante. E nesse exato momento é que eu percebi a burrice que estávamos fazendo.
Dois copos com letras garrafais: CINEMARK. E uma pipoca com a mesma inscrição. Inocentemente perguntei: "Vanessa, será que nós podemos entrar com isso lá no outro cinema?" Era bem provável que não. Normalmente não. E aí entrei em desespero. A cada escada rolante que descia no shopping (aquele troço devia ter uns 10 andares) o meu desespero aumentava e não conseguia pensar em uma solução. Cheguei a olhar no relógio e vi que chegaríamos faltando 10 minutos no máximo para o filme, tempo insuficiente para comer a pipoca e tomar o refrigerante caso o porteiro não nos deixasse entrar com aqueles produtos.
Então a Vanessa começou a agir, de forma tremendamente cara-de-pau. Passou em um Bobs e pediu uma sacola. Colocou a pipoca na sacola. Implorei para que ela conseguisse mais duas pros refrigerantes. Ela foi então a um Mcdonalds, mas não conseguiu nada por lá. Encontramos outro Bobs em um andar mais abaixo e conseguimos obter mais uma sacola. Sem opção, dei um jeito de colocar os dois refrigerantes dentro da sacola, tomando cuidado para segura-los com a mão até a entrada do cinema, quando eu teria que descer a sacola e equilibrar com toda habilidade do mundo para que não entornasse.
Mas aí veio minha segunda análise e inocemente voltei a perguntar: "Vanessa, será que podemos entrar com coisa do Bobs no cinema?". A resposta foi uma gargalhada. E embora fosse por achar a situação engraçada, para mim, naquela altura, pareceu aquelas risadas macabras de filme de terror. Meu deus, pensei, "esse se f...".Mas Vanessa é incansável e não é a toa que é uma das minhas melhores amigas. Vendo meu desespero e provavelmente desesperada também, invadiu uma loja da Casa e Vídeo em busca de uma sacola. O segurança tentou barrá-la e apelou: "Senhora, não pode entrar por aí". Ela queria entrar pela saída e explicou que precisava apenas de uma sacola. Um sacolão daqueles amarelos da Casa e Vídeo não poderia ser barrado no cinema. Mas a Casa e Vídeo barrou a sacola: "sacola só pra cliente", reiterou o segurança.
Não havia mais jeito. Estávamos na porta do cinema. Sem tempo para pensar em outra coisa. Colocamos a pipoca gigante dentro da bolsa igualmente gigante da Vanessa, com muito cuidado para não entornar. Abaixei a sacola dos refrigerantes com cuidado para que isso também não acontecesse com o líquido. Fiquei imóvel, andando lentamente com a sacola encostada na perna e com a logo do bobs para o lado de dentro. Vanessa encostou do outro lado para impedir a visualização melhor da sacola. Pareceu um balé tão coreografado que foi. Mas quando íamos entrar no cinema, Deus colocou mais uma pedra em nosso caminho.
O viadinho que cuidava da entrada cobrou a carteirinha de estudante da Vanessa. E aí aumentou o risco de sermos descobertos como contrabandistas de pipoca. Ela abriu a bolsa lentamente e tentou pegar a carteira. Apenas uma pipoca pulou para o lado de fora. Mas era o indício de que o pacote tinha virado lá dentro, com pipocas e uma carga de manteiga se espalhando por entre tudo que tinha lá.
Aquela pipoca viajando para o lado de fora da bolsa foi como um peixe pulando para o lado de fora do aquário. E, ao invés do desespero, provocou uma crise de riso terrível em nós dois. Nós lá, passando mal de rir, e o cara olhando a carteirinha de estudante como quem pensa: esses idiotas estão rindo de que? Será que eles estão me enganando? Será que carteirinha é falsa?
Por sorte ele resolveu não levar aquilo adiante. Conferiu a carteirinha e liberou nossa entrada. Rimos até o início dos primeiros traillers.E, por garantia, deixamos para abrir a pipoca e o refrigerante só depois que as luzes se apagassem, para que não fossemos descobertos.
No fim, deu tudo certo, apesar de mais uma vez descumprir as leis. O filme foi ótimo, a pipoca e o refri também. E, ah, sim... eu tive que tomar uma boa parte do refrigerante da Vanessa, pois ela não aguentou. :)


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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Fantasmas do passado

Depois de algum tempo tive uma folga no meio da semana, hoje. Mas o que era para ser um dia de paz e tranqüilidade na green house se transformou em um remake de pesadelos antigos. Os fantasmas do passado vieram me assombrar nesse território clorofilado. Em menos de uma hora três casos contados aqui no blog vieram em minhas memória em uma sucessão de problemas que separados já irritam... e juntos quse são capazes de provocar uma reação atômica em um cidadão comum. Caros leitores, não sei se lembram de um desenho do Pateta que ele se transformava no "senhor volante" (cliquem pra ver!). Basicamente ele saia pela rua enquanto o narrador dizia se tratar de um cidadão pacato, capaz de evitar pisar em uma formiga ou barata se a visse pelo chão em uma calçada. Mas bastava entrar no carro para ele se tranformar no terrível "senhor volante". Era o stress em pessoa. Um ser humano capaz das maiores crueldades, atropelando e matando pelas ruas e provocando os maiores danos em quem estivesse ao seu redor.

Ao mesmo tempo lembrei de outro desenho animado de minha infância. Um do Pato Donald, que ele se irrita várias vezes e vai seguindo o exemplo de um narrador de um programa de rádio que sugere que ele conte até dez para não explodir de stress.
Lembrei esses dois desenhos pois estive quase a ponto de repetir Pateta e Pato Donald por aqui. Primeiro com o meu chuveiro, o famoso furadinho. Já contei aqui um dia os dramas para trocar chuveiro que tive quando ainda estava hospedado na casa de um amigo, aqui mesmo no prédio. Foi no episódio: "O dia que o furadinho pifou". Contei outro drama com chuveiro no episódio seguinte, o "Vai levar o veda-rosca".

Notem duas coisas: não tenho sorte com chuveiros, mas já tenho alguma experiência com eles. Voltei lá na mesma loja do caso anterior e comprei um outro chuveiro, agora bem melhor (e mais caro) para evitar problemas futuros. Não comprei o veda-rosca, mas por um motivo nobre: eu já tinha o veda-rosca agora, que comprei para instalar o filtro de torneira da minha cozinha. E, com até alguma facilidade eu consegui instalar o chuveiro.
Dessa vez meu trabalho foi um sucesso e tive apenas um percalço. Sinceramente não entendo porque os chuveiros não vêm de fábrica com um dispositivo para tampar aquela saída para a mangueirinha, lá de cima. Tenho certeza de que, como eu, muitos preferem a ducha de água na cabeça mesmo, sem aquela porcaria daquela mangueirinha dependurada ocupando espaço e soltando do suporte toda hora...
Todos os chuveiros da minha antiga casa lá em Juiz de Fora, da casa dos meus pais, da casa da minha tia e de todos os lugares onde eu convivi tinham o mesmo problema: a porcaria da mangueirinha que, ou soltava do suporte da parede no meio do banho, ou pior: soltava do chuveiro lá em cima jorrando água na parede e me fazendo sentir frio nos momentos mais inconvenientes. Duvido que alguém nunca tenha passado por situação semelhante ao menos uma vez!

Então me diga, Deus do céu: porque é que as fábricas de chuveiro não mandam, dentro da caixinha, um simples tampão para a gente colocar lá em cima em troca da mangueirinha??? Algum visitante que trabalhe na Lorenzetti ou na Fame pode me responder? Que coisa. Vou patentear um troço desses e ficar milionário. Isso vale tanto quanto inventar uma alternativa ao guarda-chuva, o objeto mais odiado do universo!
Pois bem. Maaas já que ninguém teve a brilhante idéia de colocar isso na caixinha do chuveiro, tive que improvisar mais uma vez. Molhei pedacinhos de papel higiênico verde e enchi aquele buraquinho do chuveiro de papel molhado, entupindo-o completamente. A água tentou sair e conseguiu bons resultados em primeiro momento. Mas eu parti então para a segunda fase de meu plano e usei o famigerado "veda-rosca" como meu aliado. Passei o veda-rosca por fora do buraquinho (do chuveiro!!!), dando voltas e enrolando aquela fita que se dissolve até garantir a segurança dos papéis que entupiam o cano e, pronto, nos primeiros testes meu dispositivo anti-mangueirinha funcionou perfeitamente. Lembrou-me a solução da parafina, que usamos no chuveiro do Marcelo, meu vizinho do 1.005.
O estress de resolver as pendências do chuveiro me deu fome e fui à cozinha comer alguma coisa. Pensei em uma goiabada que estava dobrando serviço na geladeira, desde que minha mãe veio me visitar. Só que inexplicavelmente quando fui pegar a tal goiabada eu trombei com a geladeira, balançando-a e, por sua vez, balançando o microondas que fica em cima dela e, consequentemente, balançando tudo o que estava sobre o microondas, incluindo meu mini vidrinho de sal, que caiu daquela altura toda por milésimos de segundo indo espatifar se em um dos meus verdes tapetes da cozinha. A situação lembrou-me dois problemas antigos: a falta de sal, que me obrigou a implorar pelo produto à dona Maria do Carmo (episódio "O Sal e a Dona Maria do Carmo") e o trágico acidente ecológico que tratei em "Na manteiga".
Òbvio que a limpeza foi mais fácil do que na vez anterior. Assim como a solução para o chuveiro foi mais rápida e eficiente. Mas isso me mostram duas coisas. Uma boa e uma ruim. A boa é que da segunda vez tudo parece mais fácil. A ruim é que: sim, é possível. Um raio pode cair duas vezes no mesmo lugar (ou no mesmo lugar que caiu a manteiga)!


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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Bom dia comunidade!

O objetivo desse post não é fazer vocês rirem da minha desgraça, como é comum. Mas como sei que vocês entram aqui, predominantemente, para isso, então vou contar um caso clássico do habitante aqui da green house proces poderem rir e se sentirem mais à vontade no blog. Pois bem... Minha mãe veio passar o carnaval aqui em casa. Ela e meu pai. E como bom anfitrião, tratei de deixar tudo organizado para que eles tivessem uma estadia mais agradável e confortável. Liberei minha cama para eles, fui dormir num colchão duro na sala, arrumei tudo, fiz aquela famosa maquiagem na casa e pensei em comprar coisas que eles gostassem de comer. Comprei um doce de leite aqui, um suco ali, uma coisa de cá e outra de lá... e claro, pensei, não podia esquecer do café. Minha mãe adora café e meu pai também gosta.
Fui ao Wal Mart, o paraíso de minhas compras e minha segunda casa, e procurei o melhor café que encontrasse.
Como alguns aqui já sabem, eu não tomo café. Não consigo gostar e não sei explicar porque. Então fica ainda mais dificil comprar café... Tentei lembrar das marcas de café que já tinha reparado lá na minha casa de Juiz de Fora, quando morava com os meus pais. A primeira que me veio à cabeça e que, entendo, era a melhor opção era o "Café Três Corações". Era o mais caro também, então imaginei que fosse de fato o melhor. Comprei, mas quando ia chegando ao caixa percebi tratar-se da qualidade "extra forte". Imaginei que seria um risco levar um negócio extra-forte pra casa e voltei para pegar um que me soou mais simpático: "tradicional". Pensei: aaaaaaaah, para quem gosta, não deve ter nada melhor do que um TRADICIONAL cafezinho...
Pronto. Meus pais estariam felizes no carnaval da green house.
Os hóspedes chegaram e eu fui logo apresentando tudo na casa. "Olha aqui, mãe, tem suco aqui na geladeira óh". "Pai, quando quiser tem doce de leite". Fiquem à vontade.... E achando que eu estava abafando, esperei até que minha mãe perguntasse do café. Imaginei que minha mãe não esperasse ter café aqui e era fato... ela não esperava. Mas quando perguntou eu enchi a boca para falar;
"Claro, tem café aqui óh. É esse aqui", e mostrei o produto quase como um troféu. A embalagem era fosca mas parecia até brilhar sob a fluorescente lâmpada de minha pequena cozinha. Mas eis que a alegria e o orgulho se transformaram em frustração quando minha mãe completou:"E o coador, está onde?".
Putz. Não podia acreditar. Claro que eu não sou idiota de não saber que café precisa ser coado. Mas tantos anos sem ver um café sendo feito e tanto desprezo que tenho pelo produto fizeram-me bloquear essa parte. Nem lembrei que precisava e que eu não tinha coador. Resultado: minha mãe ficaria sem café e a green house ficaria marcada como "a casa que não tem coador".
Meu pai, para amenizar o problema. E como é levemente mais prendado do que eu, mas igualmente improvisador, resolveu dar um jeito. Comprou filtros de papel em um supermercado aqui perto e cortou uma garrafa de coca cola para usar só o bico como suporte para o filtro. Jogava o café e ele ja ia caindo coado diretamente na xícara, afinal garrafa térmica também é algo que não existe no mundo green.
A parte séria:
Mas agora que já riram bastante vou destacar o motivo que me fez escrever esse texto. Hoje, quando abri meu orkut, encontrei um recado da Amanda, que nem conheço e parece morar lá em Fortaleza. Ela me mostrava o link para a comunidade que criou para esse blog que, segundo ela, já faz parte da rotina dela. Fiquei feliz demais. Não é todo dia que eu consigo chegar do trabalho tão animado e disposto para escrever aqui. Nem sempre os milhares de problemas de lá consigo superar ao chegar aqui... por isso nem sempre meu humor está suficientemente bom para escrever essas linhas verdes. Mas confesso que se o blog acabasse hoje eu já estaria feliz. Pois se ele serve para entreter alguém, deixar alguém com um sorriso no rosto ou qualquer coisa, já é suficiente. Afinal, todos nós precisamos de rir um pouco de vez em quando né. Que o diga eu, hoje... Então nada mais justo do que dedicar esse post à Amanda e sua comunidade. A comunidade do green blog, dos solteiros sozinhos e sem empregada. Que está no seguinte endereço: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=44246368 Quem quiser engrossar suas fileiras, por favor, fique à vontade.
Aproveito o post para falar também que descobri, recentemente, minha versão feminina. A divertidíssima Talita e seu blog "Dona da minha casa desesperada", que tem média expressiva de acessos, um texto leve e uma alta carga de bom humor. O seu "Dona da minha casa desesperada", cujo endereço é o http://donadaminhacasadesesperada.blogspot.com/ dá um show na internet. E ainda tem base verde como o meu!!! Leiam as histórias dela que vocês vão rir demais. Ela também é uma heróica solteira, sozinha e sem empregada. É minha heroína preferida já!
Por fim e mostrando que nosso grupo de solteiros, sozinhos e sem empregada pode acabar dominando o mundo, destaco outro blog que começou a ser escrito na mesma linha. É o "Rumo à liberdade", no endereço http://rumoaliberdade.blogspot.com/ . É da Winnie, visitante assídua deste blog e que agora resolveu também contar suas aventuras na reta final para se transformar também numa solteira, sozinha e sem empregada. Enfim. Gente boba, divertida e com tempo livre para fazer vocês morrerem de rir não falta. Bom divertimento. Ave blog!