quinta-feira, 10 de abril de 2008

Arroz doce na green house

Caros leitores do blog,
Antes de iniciar o divertido (agora tenho que especificar) post de hoje, quero emitir uma nota de esclarecimento:
Devido aos comentários maldosos que foram postados aqui, quero deixar claro que continuo solteiro, sozinho e sem empregada. Ao contrário do que se ventilou por aqui, o texto que postei NÃO foi concebido por conta de uma visita que eu tenha recebido recentemente na green house. Conforme ressaltei no início do post, o texto é antigo e apenas publiquei por remeter à saudade que sinto de tooodos os parentes, amigos e pessoas que deixei para trás. Agora vamos ao que interessa!
Como eu disse, sigo solteiro, sozinho e sem empregada. Mas nem tudo em minha vida está como "dantes". Agora, trabalho em um outro horário (de 8h às 15h30) o que me permite chegar em casa mais cedo. Isso tem melhorado minha relação com a green house. Estamos passando mais tempo juntos e estou podendo cuidar mais dela. A green house já não tem tantas roupas sujas espalhadas pela casa, como nas últimas semanas, nem está com a pia da cozinha desarrumada. Estou cada vez mais eficiente nas simples tarefas do lar e, assim, cada vez mais convencido de que é desperdício contratar uma diarista para fazer os serviços básicos daqui.
Aliás, seria até uma maldade com minha saúde. Segundo pesquisa que os jornais estarão divulgando amanhã e que já pipocou nos sites hoje, fazer 20 minutos de faxina por dia alivia o stress. O problema é que, segundo os pesquisadores, tem que ser uma faxina suficiente para deixar ofegante. E convenhamos que, se eu ficar ofegante em 20 minutos de faxina, é melhor eu procurar um médico né?
Pois bem. Faço os 20 minutos de faxina, alivio meu stress, mas não fico ofegante.
Só que não é só a faxina que ando fazendo aqui em casa nesse tempo livre. Tenho me aventurado na cozinha, lugar que eu ia apenas para assaltar a geladeira. Agora estou produzindo alimentos. Que incrível! E foi num desses arroubos de boa vontade que eu resolvi encarar a tarefa de fazer um arroz doce que tanto queria comer.
Como costumo fazer em momentos como esse, liguei para minha mãe, em Juiz de Fora, e obtive informações sobre como fazer o doce. Ela me explicou e logo fui fazer.O único problema nesse caso é que minha mãe parece achar que eu sou uma ameba na cozinha. Reiterou ao telefone que era para eu cozinhar o arroz normalmente, mas que não era para colocar óleo nem tempero na panela. Oras... È sacanagem comigo né?
Pois bem. Cozinhei o arroz (sem óleo nem tempero)... deixando a água acabar. Para quem não sabe (vou ensinar a fazer arroz doce), um copo de arroz deve ser jogado na panela com uns três a três copos e meio de água. Quando a água secou, fui para a segunda fase, que era colocar leite para fazer o mesmo. Nessa hora, temos duas opções: colocar quatro colheres de açúcar, para deixar o arroz doce, ou usar leite condensado. Optei pelo leite condensado, que misturei ao leite comum. E pronto.
Secou quase tudo, desligou, esperou esfriar, colocou na geladeira, com canela por cima e pronto. Que beleza. Ave arroz doce!
Quem leu isso deve ter achado que foi a maior moleza do mundo. E realmente foi. Mas tive alguns percalços que vou enumerar para não perder a tradição de ser humilhado pelas risadas de meus leitores:1) Por algumas vezes, esqueci e fechei a panela do arroz doce. Como estava usando uma panela comum e não uma panela de pressão, que pode ser travada, a cada vez que eu fazia isso a água ou o leite subia e entornava no fogão.
2) Empolguei tanto com a facilidade de se fazer o arroz doce que cismei de dar uma de dona Leda e fazer outras coisas ao mesmo tempo. Resolvi fritar pastéis enquanto o arroz doce ia pro fogo. O problema é que, como as minhas panelas são finas e a gordura espirra muito, eu fechava a panela do arroz doce para que a gordura não voasse para lá. Mas aí a panela do arroz doce transbordava e atingia a gordura da frigideira. E quando issoa contecia, a frigideira espirrava ainda mais gordura, fazendo com que eu tivesse que dar um passo atrás. Após três tentativas, resolvi fazer uma coisa de cada vez. Aí sim. tudo deu certo.
3) Fazer o arroz doce foi mole. Difícil mesmo foi lavar a panela. Esqueci dois dias aquele troço lá tampado, após tirar o arroz doce. Quando abri o troço estava uma nojeira. Até o cheiro era insuportável. E, ao contrário do que imaginei, foi dificílimo arrancar os restos de arroz que ficaram agarrados nela. Com água, consegui amolecer aquilo tudo, mas não escapei de usar bombril para limpar o pobre utensílio. Mas dá muita pena passar bombril naquele troço brilhoso...
4) Meu último problema é que, como comi o arroz doce sozinho (demorei 4 dias), ninguém acredita que ficou bom. E eu juro que ficou!

-> Agora terei mais tempo para escrever aqui no blog. Prometo não abandonar isso aqui. Mas como não estou escrevendo todos os dias, como no início, sugiro que cadastrem-se na barra direita, colocando o nome, o email e a cidade para que eu avise quando novas postagens estiverem aí.

9 comentários:

Irhia Amana Tanna disse...

Olá Ricardo... Adoro o blog. Mesmo.
Mas falando em panela esquecida com resto de comida grudada, aí vai uma dica de Dona de Casa ( separada, com 3 filhos e uma quase empregada ): Quando a panela ou vasilha ficar com resto de comida estragada, antes de morrer de nojo, coloque água que cubra a sujeira e despeje sapólio por cima. Deixe por algumas horas e só então lave. O sapólio tira gordura, o cheiro de coisa estragada e ainda ajudar a soltar os grudes... heheheh
Boa sorte com a green house

Cath disse...

Oi ;D
Então, faz um tempinho que leio aqui e adoro. Ainda não fui morar sozinha mas é questão de meses e eu fico mt animada, principalmente pela cozinha - amo cozinhar.

Quando faço algo que gruda na panela, eu a "cozinho" com agua e depois deixo de molho com saponaceo.

Boas aventuras na green house,


Cath

Anônimo disse...

minha mãe não entende pq fico rindo na frente do computer, e hoje ela leu sua receita de arroz doce. Agora ela entende minhas gargalhadas
Bjus

Talita Braga disse...

arroz doce rules!
Vai treinando pq quando eu for visitar a green house vou querer experimentar......
rsrsrs
beijocas minhas e das velhinhas faladoras de alemão de BH.
(sim, as faladoras de alemão eram velhinhas!)

Anônimo disse...

poxa rs legal o nome da sua casa rs...

Flávio disse...

Cara,manero teu blog,to postando aqui mas é sobre o lance de ouvir musica pra arrumar casa..isso aí que vc falou é verdade..pauleira só pra laavr vasilha mesmo..mas tbm uso pauleira pra varrer e passar pano..quando passo..e tres cervejas ajudam..mas no meio do caminho..se for no começo vc acaba indo pegar mais cerva e deixa o serviço pro outro dia..valeu aí..manero!!

Elaine F.S. disse...

Coincidência ou não, sua amiga Viv, aqui em sampa, também se aventurou a fazer um arroz doce. Não posso dar meu parecer, porque não gosto, mas segundo ela própria ficou bom...vamos acreditar....rs
bjo

Vê Guimarães disse...

Arroz doce humm meu doce predileto, por acaso eu estou aqui escrevendo e comendo um pouquinho.
Parabéns pelo blog. E outra dica pra tirar grude de panelas: se não tiver saponáceo, agua fervendo com um pouvo de "VEJA" e sabão de côco, ajuda muito.
Beijocas e parabéns de novo.

disse...

Prometeu não sumir e nunca mais apareceu kkkkk