sábado, 26 de abril de 2008

O mundo contra a salada

Quando, aos 20 dias do mês de novembro de 2007, esse blog publicou, com exclusividade, artigo que combatia o consumo de vegetais e revelou que salada engordava e fazia mal à saúde, alguns se assustaram. É bem verdade que, embora muitos discordassem da teoria, a maioria dos comentários foram favoráveis e comprovaram a minha tese. No entanto, os céticos permaneceram irredutíveis na opinião de que os legumes e verduras faziam bem, que não criavam nenhum mal ao corpo humano e que, melhor ainda, ajudava aqueles que queriam manter a forma sem ter muito trabalho com exercícios físicos.
O artigo "Bomba - salada engorda", que aqui ganhou característica de post foi um marco histórico na luta contra a "indústria da salada". Daqui ecoaram as primeiras trombetas que alertavam o mundo para o mal causado pelos vegetais folhosos, legumes, etc e tal.
Eis que nós, defensores das carnes e outros produtos saudáveis começamos enfim a ganhar espaço e reconhecimento junto à sociedade. Isso mesmo, caro leitor, o mundo está percebendo o que o green blog ou as comunidades "eu odeio salada" e afins do orkut já sabiam. E, nas últimas semanas, foram várias provas disso.
A revista Veja, no dia 2 de abril, publicou duas páginas sobre a salada que engorda. Abriu a matéria dizendo: "Todo mundo que faz regime (e quem não faz?) sabe: salada não engorda. Não engorda? Pois a destas páginas contabiliza 1.265 famigeradas calorias, mais do que o cardápio do dia inteiro recomendado a uma mulher preocupada com o peso." Tudo bem que a Veja pegou leve e não chegou nem perto do que disse esse blog, em novembro do ano passado, quando decretou: "salada não faz bem. E vou além: aumenta as chances de desenvolvimento de colesterol, eleva o percentual de chances de doenças do aparelho digestivo e o pior: ENGORDA!"
Pois bem. O leitor deve estar se perguntando: tudo bem... a Veja pegou alguns exemplos para dizer que salada engorda. Mas o blog também havia pegado pesado ao dizer que, além de engordar, a salada "faz mal à saúde". Note bem, caro visitante, o que disse naquele novembro último: "Minha teoria é de que é porque as comidas como carne, arroz, feijão, as tradicionais, todas passam por um processo de cozimento, ou fritura ou coisa parecida. A salada não. Pega ali, cheio de micróbio, dá uma lavadinha com água mesmo (nem sabão usa!) e pronto. Comem. Não adianta. Vai fazer mal à saúde."
Agora, na última semana, lemos nos jornais que os micróbios são os menores problemas. Tem coisa pior que tem na salada e não tem na carne. Veja o que diz a Folha de S. Paulo, que manchetou o assunto: "De cada dez pés de alface vendidos no Brasil, quatro estão contaminados por resíduos de agrotóxicos." Isso mesmo: o alface que estamos comendo (vocês estão, porque eu não como) tem veneno! E olha o tomate, que as pessoas tanto gostam: "O alimento com maior nível de contaminação foi o tomate. Das 123 amostras analisadas, 55 apresentaram resultados insatisfatórios (44,72%)". No caso dos mineiros, a situação é ainda pior, como mostrou o jornal O Tempo, onde eu trabalho: 56% das amostras de tomate analisadas no Estado possuíam alta concentração de agrotóxico. E a matéria sentencia: "De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Toxicologia, o médico Délio Campolina, os produtos químicos identificados geram danos no sistema nervoso, fígado e no estômago".Portanto, minha gente, mais uma vez a green house entra na campanha contra os "fabricantes de salada" e decreta: salada engorda e faz mal.
Já dizia isso antes e volto a repetir: coisa verde é para decorar a casa, não é para comer. Para relembrar tudo o que já dissemos sobre os vegetais folhosos e legumes, deixo aqui o link do histórico artigo de 20 de novembro de 2007, que fez o mundo rever sua posição sobre a salada.

http://solteirosemempregada.blogspot.com/2007/11/bomba-salada-engorda.html


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terça-feira, 22 de abril de 2008

Em busca da nova green house

Meu blog andou meio desatualizado por conta do operação Pasárgada, da Polícia Federal. Para quem não se ligou, foi uma operação que prendeu 51 pessoas, sendo 17 prefeitos (15 de Minas) na última semana. Mas eu não fui preso, viu minha gente? Estava só ocupado investigando as coisas e fazendo matérias sobre o envolvimento dessa turma toda aí. Se tivesse sido eu daria um jeito de postar de dentro do presídio Nelson Hungria, em Contagem, para que vocês conhecessem minha vida lá na "grey house". ahahahahaha (até eu tive que rir dessa minha piadinha sobre a "grey house". (Aliás, tive dúvidas sobre "Gray" ou "Grey", mas optei pelo britânico)
Mas enfim. Voltando à vaca fria... ou melhor... voltando ao blog que esfriou nos últimos dias, a idéia é retomar. E nada melhor para fazer isso do que em um dia de folga. E folga mesmo! Já que acordei cedo e já fiz tudo o que eu tinha para fazer.
E tendo tempo para ler as coisas aqui e os scraps no orkut, surpreendi-me com o sucesso que o arroz doce teve. Pelo menos na teoria, a maioria acredita que eu conseguiria fazer um arroz doce razoável. Um dia convido todos para provar na prática.
Mas o assunto hoje não é operação Pasárgada. Nem arroz doce. Hoje vou falar sobre meu plano mirabolante para adquirir minha própria green house. Mudei pra Belo Horizonte depois de morar 25 anos na casa dos meus pais (e apenas 3 meses sozinho, de aluguel, no centro de Juiz de Fora). Aqui, aluguei um apartamento pequeno, de um quarto, sala, cozinha, banheiro e área. Posso caminhar por todos os cômodos com menos de 10 passos, acreditem se quiser. Mas é arrumadinho e razoavelmente bem localizado.
Acontece que eu agora já estou querendo a minha green house própria, então comecei os estudos para a aquisição do bem. Como ainda não conheço nada de Belo Horizonte, tenho iniciado as análises apenas olhando opções na internet. E aí é que mora um troço engraçado da minha procura. Como não sei se os bairros são bons ou não, se os locais são bons ou não, vou pelas fotos dos apartamentos.
A minha tese é a seguinte: se os móveis e a decoração dos antigos moradores (que aparecem nas fotos de venda do imóvel) forem bregas, o apartamento está descartado. A lógica é que, se eles não possuem bom gosto para escolha de móveis, acessórios, decoração, etc, porque teriam bom gosto para a escolha de um bom local para morar? E assim já vou eliminando uma série de apartamentos baratos, porém muito muito muito mal decorados.
Tem coisas horríveis nesses sites de imóveis. Certa vez lembro de ter visto uma sala que possuía uma cortina verde, uma toalha de mesa vermelha xadrez e uma capa de sofá amarela. NO chão um tapete bege e marrom, em um chão de piso branco. Imagine que cena horrível. Parecia uma parada do orgulho gay, de tantas cores.
Mas essa é a primeira etapa apenas do meu plano que pode terminar (olha essa... Talita) na "conquista do mundo". Preparei até uma fórmula matemática para explicar meu plano. Vejamos:
Vou gastando pouco e guardando dinheiro para comprar um apê próprio. Então, a fórmula para a compra da G1 (Green house própria 1) hoje será:
G1 = X.Y (sendo Y o tempo que eu demorarei para comprar a casa e X o que eu consigo juntar a cada mês).
Após a compra da G1, se hoje eu junto X, passarei a juntar X + A (O que eu pago de aluguel hoje poderei guardar também). Então a fórmula da compra da green house passará a ser,
G2 = (X + A).Y (nota-se que o Y já vai diminuir).
Quando eu comprar a G2, vai ser ainda melhor a fórmula, pois além de economizar o que já economizo hoje, mais o dinheiro do aluguel, ainda faturarei com o aluguel que ganharei da G1 (enquanto moro na G2). Para esse último valor, darei o nome de AG1.
G3 = (X + A + AG1).Y
G4 = (X + A + AG1 + AG2).Y. E assim por diante.
Nota-se que, a cada mês o Y tende a ficar menor, podendo um dia, sabe-se lá daqui a quanto tempo... tender a 1. Nessa lógica, eu compraria uma green house nova por mês. Não parece brilhante?
Enquanto isso não acontece, vou apresentando para vocês a pequena, porém arrumadinha Green House original (essas fotos são dela, acreditem!). Notem que ela é realmente salpicada de green.


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quinta-feira, 10 de abril de 2008

Arroz doce na green house

Caros leitores do blog,
Antes de iniciar o divertido (agora tenho que especificar) post de hoje, quero emitir uma nota de esclarecimento:
Devido aos comentários maldosos que foram postados aqui, quero deixar claro que continuo solteiro, sozinho e sem empregada. Ao contrário do que se ventilou por aqui, o texto que postei NÃO foi concebido por conta de uma visita que eu tenha recebido recentemente na green house. Conforme ressaltei no início do post, o texto é antigo e apenas publiquei por remeter à saudade que sinto de tooodos os parentes, amigos e pessoas que deixei para trás. Agora vamos ao que interessa!
Como eu disse, sigo solteiro, sozinho e sem empregada. Mas nem tudo em minha vida está como "dantes". Agora, trabalho em um outro horário (de 8h às 15h30) o que me permite chegar em casa mais cedo. Isso tem melhorado minha relação com a green house. Estamos passando mais tempo juntos e estou podendo cuidar mais dela. A green house já não tem tantas roupas sujas espalhadas pela casa, como nas últimas semanas, nem está com a pia da cozinha desarrumada. Estou cada vez mais eficiente nas simples tarefas do lar e, assim, cada vez mais convencido de que é desperdício contratar uma diarista para fazer os serviços básicos daqui.
Aliás, seria até uma maldade com minha saúde. Segundo pesquisa que os jornais estarão divulgando amanhã e que já pipocou nos sites hoje, fazer 20 minutos de faxina por dia alivia o stress. O problema é que, segundo os pesquisadores, tem que ser uma faxina suficiente para deixar ofegante. E convenhamos que, se eu ficar ofegante em 20 minutos de faxina, é melhor eu procurar um médico né?
Pois bem. Faço os 20 minutos de faxina, alivio meu stress, mas não fico ofegante.
Só que não é só a faxina que ando fazendo aqui em casa nesse tempo livre. Tenho me aventurado na cozinha, lugar que eu ia apenas para assaltar a geladeira. Agora estou produzindo alimentos. Que incrível! E foi num desses arroubos de boa vontade que eu resolvi encarar a tarefa de fazer um arroz doce que tanto queria comer.
Como costumo fazer em momentos como esse, liguei para minha mãe, em Juiz de Fora, e obtive informações sobre como fazer o doce. Ela me explicou e logo fui fazer.O único problema nesse caso é que minha mãe parece achar que eu sou uma ameba na cozinha. Reiterou ao telefone que era para eu cozinhar o arroz normalmente, mas que não era para colocar óleo nem tempero na panela. Oras... È sacanagem comigo né?
Pois bem. Cozinhei o arroz (sem óleo nem tempero)... deixando a água acabar. Para quem não sabe (vou ensinar a fazer arroz doce), um copo de arroz deve ser jogado na panela com uns três a três copos e meio de água. Quando a água secou, fui para a segunda fase, que era colocar leite para fazer o mesmo. Nessa hora, temos duas opções: colocar quatro colheres de açúcar, para deixar o arroz doce, ou usar leite condensado. Optei pelo leite condensado, que misturei ao leite comum. E pronto.
Secou quase tudo, desligou, esperou esfriar, colocou na geladeira, com canela por cima e pronto. Que beleza. Ave arroz doce!
Quem leu isso deve ter achado que foi a maior moleza do mundo. E realmente foi. Mas tive alguns percalços que vou enumerar para não perder a tradição de ser humilhado pelas risadas de meus leitores:1) Por algumas vezes, esqueci e fechei a panela do arroz doce. Como estava usando uma panela comum e não uma panela de pressão, que pode ser travada, a cada vez que eu fazia isso a água ou o leite subia e entornava no fogão.
2) Empolguei tanto com a facilidade de se fazer o arroz doce que cismei de dar uma de dona Leda e fazer outras coisas ao mesmo tempo. Resolvi fritar pastéis enquanto o arroz doce ia pro fogo. O problema é que, como as minhas panelas são finas e a gordura espirra muito, eu fechava a panela do arroz doce para que a gordura não voasse para lá. Mas aí a panela do arroz doce transbordava e atingia a gordura da frigideira. E quando issoa contecia, a frigideira espirrava ainda mais gordura, fazendo com que eu tivesse que dar um passo atrás. Após três tentativas, resolvi fazer uma coisa de cada vez. Aí sim. tudo deu certo.
3) Fazer o arroz doce foi mole. Difícil mesmo foi lavar a panela. Esqueci dois dias aquele troço lá tampado, após tirar o arroz doce. Quando abri o troço estava uma nojeira. Até o cheiro era insuportável. E, ao contrário do que imaginei, foi dificílimo arrancar os restos de arroz que ficaram agarrados nela. Com água, consegui amolecer aquilo tudo, mas não escapei de usar bombril para limpar o pobre utensílio. Mas dá muita pena passar bombril naquele troço brilhoso...
4) Meu último problema é que, como comi o arroz doce sozinho (demorei 4 dias), ninguém acredita que ficou bom. E eu juro que ficou!

-> Agora terei mais tempo para escrever aqui no blog. Prometo não abandonar isso aqui. Mas como não estou escrevendo todos os dias, como no início, sugiro que cadastrem-se na barra direita, colocando o nome, o email e a cidade para que eu avise quando novas postagens estiverem aí.