Demorei a voltar a escrever. Fui acusado de abandonar o blog, mas tenho uma explicação clara para isso. Durante as festas de fim ano, deixei de ser um solteiro, sozinho e sem empregada e, por isso, não tinha condições de escrever nada aqui. Mais especificamente nas festas de Natal, estive em Juiz de Fora,minha terra natal, onde, ao contrário daqui, vivia em uma casa cheia de gente. Para completar, minha mãe preparou uma super faxina, com duas empregadas,o que me deixou completamente fora do status do blog. Mas logo em seguida, nos primeiros dias de 2008, tive um período rico em histórias para colocar aqui. Só que aí machuquei o pé no início dessa semana, e perdi umas noites de sono, precisei dormir mais cedo em outras... enfim... fiquei impossibilitadode me dedicar ao blog que tem me dado tantas alegrias. Voltemos às dramáticas histórias de solteiro, sozinho e sem empregada, enfim.
2008 promete ser umano repleto de coisas engraçadas. Antes, porém, não vou dar uma de Silvio Santos e encerrar um programa pela metade. Tenho que terminar de contar a novela de minha ida ao Sul doBrasil, para enfim voltar aos meus casos domésticos que estão cada vez mais aterrorizantes. Pois bem. Eu tinha parado a história na minha estadia em Porto Alegre e iria começar a contar como foi em Lajeado, onde eu visitei o jornal no qual poderia vir a trabalhar. Primeiro eu passei situação super engraçada pois a responsável pelo jornal tinha um nome que, em minha opinião, servia tanto para homem quanto para mulher. E assim, durante meses, enquanto eu conversava com ela apenas por email, trocando experiências sobre o jornal que eu trabalhava e o jornal que ela trabalhava, não sabia como tratar, se por "ele" ou por "ela". Não vou citar o nome para evitar constrangimentos. Os emails iam seseguindo e eu não sabia se era homem ou mulher. Até que um dia ela assinou um texto como "Gigi". Aí eu pensei: ou é mulher ou é gay né? Mas deve ser mulher...E era mulher. Só fiquei sabendo com certeza no dia em que ela me ligou para combinar minha ida até lá.
Pois bem. Fui até Lajeado, cidade simpática e interessante, muito perto do Porto Alegre. Cheguei no jornal, conheci lá um povo simpático. Deram-me uma pauta simples, sobre umas mudanças na área de educação de lá... E tudo ia super calmo quando eu fui surpreendido por uma mulher que entrou na redação com calça de ginástica e mini-camiseta. Era a responsável por conduzir o processo de "ginástica laboral". Todos, inclusive eu, tinham que parar para fazer exercícios de alongamento... E eu, que tinha acabado de chegar no lugar, olhava pros lados e via todos se levantando para fazer os exercícios. Sem graça, até pedi desculpas e desliguei a ligação com o secretário municipal de Lajeado, para também participar do processo.
Bom. Eu não mudei para Porto Alegre, então vocês imaginam que não tenha dado certo minha idéia de trabalhar em Lajeado. Mas a culpa foi da distância. Resolvi não aceitar por conta da distância da minha casa e etc...Então o trabalho agora era voltar para casa, levando apenas pequenas lembranças da viagem ao Sul do país.
E aí começaram meus verdadeiros problemas... principalmente porque viajei para lá com a mala cheia de coisas e não pensei nisso quando fui em um shopping de Porto Alegre comprar os presentes de Natal para minha mãe e meu pai. Aliás, ir até esse shopping foi um caos também... Andei quilômetros por uma avenida portoalegrense até achar um taxi que pudesse me levar a algum shopping. Quando achei, o motorista estava do lado do taxi, com um pano na mão, abanando o banco de trás do veículo. Achei estranho, mas sem outra opção de taxi, lá fui eu pegar aquele mesmo. E quando eu cheguei ao veículo ele me deu a explicação.Tinha acabado de transportar um cachorro de rua que achou perdido em uma estrada qualquer, com temor de que o pobre animal fosse atropelado. O taxista pegou o cão, tirou de uma área movimentada e levou para outra, quase sem trânsito, para aumentar as chances de sobrevivência do bicho. Só que junto da boa ação, acabou levando um enorme mau cheiro para dentro do veículo... que ele conseguiu conter abando o banco traseiro. Claro que eu sentei no banco dianteiro e com as janelas do veículo todas abertas. Foi suficientepara não sofrer com cheiro algum.
Cheguei no shopping e parti para as compras. Primeiro vi um pequeno presépio em uma vitrine, que resolvi comprar para minha mãe. Ela adora presépios e coisas religiosas. Ao entrar na loja para comprar, deparei-me com um outro presépio muuuuito maior e pensei que a alegria da minha mãe seria muito maior também. Comprei o presépio sem se tocar de que ele ocupava metade da minha mala.
Ainda sem se tocar da besteira que estava fazendo, fui no shopping em frente,que promovia um festival de cervejas, para comprar um kit com quatro cervejas alemãs, para dar de presente ao meu pai e ao meu cunhado... já que eles tomam as cervejas juntos mesmo.
Pois bem. Comprei o kit que vinha embalado em uma caixinha de papelão com suporte... pra facilitar o transporte. Na hora de ir embora, no entanto, é que comecei a me preocupar em como faria para levar tudo aquilo se eu já tinha levado a mala cheia para POA. A saída foi improvisar uma bagagem de mão com algumas roupas que eu tinha na mala e liberar espaço para enchê-la com o presépio e as cervejas alemãs, cuidadosamente encaixadas para evitar o risco de quebrarem.
Ao chegar ao aeroporto eu fui fazer o check-in e inocentemente, ao ser perguntado se tinha algo que quebra na mala, respondi: "Não. Apenas um kit de cervejas,mas não tem perigo não". O atendente discordou de minha análise e mandou que eu retirasse as cervejas alemãs de dentro da mala.
Vem aí o primeiro constrangimento, que é colocar a mala no chão do aeroporto,abrí-la e tirar tudo o que tinha por cima das cervejas para retirar a caixa... Mas se a regra, é a regra, tudo bem. Peguei as cervejas para levar na mão mesmo. E aí o atendente com uma cara de constrangimento completa: "ah, mas tem um problema. Você só pode entrar com três garrafas no avião".
Como tinham quatro garrafas ele soltou uma idéia que, para ele, era brilhante: "Faz o seguinte, toma uma. Só ir ali no bar e trocar por uma gelada". Eu ainda tentei argumentar: "É o presente do meu pai. Como vou beber o presente do meu pai?".E ele então sugeriu que eu tentasse conversar no embarque, para tentar convencer os funcionários da Infraero a passar com uma long neck a mais. No desespero, consegui fazê-los entender.
Coloquei as garrafas naquele compartimento acima das cadeiras, viajei normalmentee cheguei ao aeroporto do Rio de onde parti para a rodoviária, onde pegaria o ônibus para Juiz de Fora. Só que cheguei lá no início da madrugada e o primeiro ônibus para JF só saía 6h da manhã. E pior: o guichê só abria 5h30. Resultado... tive que ficar a noite inteira lá esperando sentado naquelas cadeiras vagabundas.
Para amenizar o sofrimento, resolvi pegar as garrafas cuja caixa de papelão já tinha arrebentado o suporte de segurar e colocar novamente na mala. Fiz já com mais pressa, sem se preocupar em acolchoar os lados da garrafa para evitar a quebra. Quando entrei no ônibus, o funcionário da empresa pegou minha mala e lançou para o final do bagageiro, com força desproporcional. Enfim isolou a mala... Resultado: cheguei a Juiz de Fora com apenas três garrafas, conforme deveria ter saído de Porto Alegre. A outra se espatifou. E com um agravante. Se eu tivesse deixado a porcaria da garrafa para trás, ou bebido aquele troço, não sujaria todas as roupas e nem a mala que precisou ser lavada com água e sabão para perder o cheiro forte da cerveja preta, justamente a mais forte...que foi a que quebrou.
E assim voltei a Juiz de Fora. Agora chega dessa história. A partir da próxima volto a escrever sobre meus dramas de solteiro, sozinho e sem empregada.
Como não estou escrevendo todos os dias, como no início, sugiro que cadastrem-se na barra direita, colocando o nome, o email e a cidade para que eu avise quando novas postagens estiverem aí.
Abraços a todos e sejam bem vindos de volta!
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
Episódio 4 - Os micos finais
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2 comentários:
Voce é genial,só fico pensando o que espero para conhece-lo.Beijos.
Aeeeeeeee!!!
Voltooooooou!!
Fico feliz, tava com saudade.
Beijos.
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