Feliz da vida, com meu comprovante colorido, de duas páginas, grampeadas, detalhando horários e valores da ida e da volta, fui de ônibus para o Rio de Janeiro, onde pegaria o vôo para Porto Alegre. Junto levei um mapa de Porto Alegre, que desenhei toscamente, para conhecer as principais ruas e não ser enganado pelos taxistas daquela cidade. A mala hiper cheia para agüentar o frio do sul do país e a cabeça já pensando em como seria a nova vida naquele novo estado, nova cidade, novo jornal.
No aeroporto do Rio de Janeiro, no entanto, meus sonhos começaram a se transformar em pesadelo. Sem saber exatamente a distância entre rodoviária e aeroporto e sem muitas opções de ônibus na madrugada, acabei chegando ao Santos Dumont com três horas de antecedência no mínimo... Tempo suficiente pra dar algo errado. Claro. Cheguei lá, fiz o check-in no balcão da Gol e fiquei lá andando pelos cantos sem saber o que fazer. Mesmo em tempos que não tinha apagão aéreo eu tinha horas suficientes para ficar entediado.
Minha primeira decisão para acabar com o tempo livre foi ir ao banheiro e no banheiro mais longe que tinha. Pronto. Já foram alguns minutinhos... mais um tempinho e fui no banheiro de novo... depois fui comer um sanduíche, que pedi sem salada e veio com salada, ressalte-se. E nessas atividades cotidianas fui fazendo o tempo passar.
Faltando meia hora, 20 minutos pro momento de embarque resolvi ir ao banheiro longínquo mais uma vez, pra gastar os últimos tempos.
Lá fui eu, com meu mapa de Porto Alegre, que era minha única distração, e com meu comprovante da compra das passagens de ida (que já tinha usado) e de volta, grampeado junto. Eis que resolvo dar descarga no vaso, mesmo sem ter feito nada que merecesse, e quando aperto o botão os papéis caem da minha mão.
Foi questão de milésimos de segundo para fazer a escolha sobre qual papel eu iria salvar. Voei no tosco mapinha de Porto Alegre, feito à caneta, que era minha salvação dos taxistas mal intencionados de POA. E lá se foi o comprovante, caindo suavemente na água do vaso e sendo tragado pela pressão da descarga, inútil descarga que lá levou meu pobre papel. Aliás, que bela descarga viu. Funciona demais! Levou meu papel, minha esperança e minha alegria de ter tudo absolutamente organizado para minha primeira viagem aérea.
E assim o comprovante que me desesperei para imprimir estava perdido... nos esgotos da cidade do Rio de Janeiro. Poluindo o meio-ambiente e me fazendo pegar o vôo para Porto Alegre preocupado, sem saber a hora do vôo de volta mais...
No próximo episódio. O desembarque em Porto Alegre.
Continuem cadastrando no blog e fica mais fácil de vocês saberem quando tem novidade, já que, ao contrário da rede globo, não tenho horário certo pra colocar a novela no ar. Agora deixa eu continuar a arrumar a green house que hoje está uma bagunça e é dia de faxina. Fui!
sábado, 15 de dezembro de 2007
Episódio 2 - A perda do comprovante
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2 comentários:
Realmente, é espantoso!
O básico: não crie situações de risco.
X não use vaso sanitário segurando papéis importantes.
X não use vaso sanitário segurando coisa alguma!
X não atire fora o conteúdo de um copo se o copo está molhado ou ensaboado
X não fique balançando um chaveirinho (verde ou de outra cor) na rua, perto de um bueiro
X não fale ao celular na janela
Vamos ver se com algumas orientações básicas melhora o jornalismo nacional!
Finalmente uma história de quando o Ricardo ainda não era solteiro, sozinho e sem empregada. Ele ainda vivia na aconchegante casa da mamãe, lá no Grajaú... Mas que não deixa de provar que os astros vivem conspirarando contra ele. Hahahaha. Essa história eu acompanhei (mesmo que virtualmente)de perto. A cada dia ele me contava o que acontecia em seu dia: desde a impressão da passagem (lembro dele desesperado nesse dia) até as conseqüências da volta a JF que, diga-se de passagem,ele já me proibiu de antecipar. Rsrsrsrs.
Ricardo, existem histórias que realmente só acontecem com vc...
Bjos
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