quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Aventuras no supermercado

Olá, caros leitores. Vocês devem estar achando que eu sou um chato que reclama de tudo e se incomoda com as pequenas coisas no lar da green house, certo? Pois bem. Para desfazer essa imagem que eu mesmo criei com os posts anteriores, hoje vou optar por falar de algo que gosto embora para muitas pessoas seja um suplício: visitar o supermercado.
Pois é, internauta, essa, na minha opinião, é uma das grandes atividades de um solteiro, sozinho e sem empregada. Visito mais o supermercado do que a casa dos meus amigos e sempre saio de lá feliz e satisfeito cheio de compras nas sacolas plásticas (que por sinal agora foram proibidas aqui em Belo Horizonte). Tirando as sacolas, cujo carregamento é uma lástima, a ida ao supermercado só me traz felicidade.
Preços? Nem reparo, para falar a verdade. Sou uma pessoa que gasta pouco em outras coisas e aí acaba sobrando dinheiro para gastar no supermercado. E gasto mesmo. Compro tudo no supermercado. Exceto eletrodomésticos e eletrônicos sofisticados, que são difíceis de carregar e por isso compro pela internet, o restante da green house toda veio de supermercado. Não é exagero dizer que minha vida de consumo se dá, em grande parte, no caixa de supermercado.
Meu shopping
Lá eu compro roupa, desde as mais simples, de andar em casa, até camisas sociais, gravatas, calças, agasalhos e roupas mais sofisticadas. Isso mesmo, internauta. Compro tudo isso no supermercado. Coloco no carrinho, nem experimento e não quero nem saber. Até sapato já comprei no supermercado e foi uma das melhores compras. Claro, sem experimentar também. Jogo no carrinho e vou feliz da vida, feliz por ter economizado dinheiro e, principalmente, tempo. Outros itens que já comprei em supermercado: o home theater que citei no tópico anterior, vários artigos de informática, incluindo a cadeira de Renan Calheiros que adquiri para o meu pc... lençol, pratos, utensílios diversos para a cozinha e tudo mais que você possa imaginar. O supermercado é o meu shopping predileto. Mas, claro, tem que ser aqueles hipermercados como o que tem lá perto de onde eu trabalho.
Desculpa
Ah, outra estratégia que tenho é ir ao supermercado quando estou muito cansado e disposto a pegar um táxi para vir para casa. Vou lá e compro tudo o que preciso e o que posso vir a precisar nos próximos meses. Resultado: saio de lá cheio de sacolas (as famigeradas sacolas proibidas) e aí arranjo uma desculpa para pegar um táxi até em casa, gastando mais de 10 vezes mais do que gastaria de metrô.
Teoria da fome
É óbvio, no entanto, que a maior parte das coisas que compro no supermercado são produtos de limpeza – principalmente para prover minha máquina de lavar (AVE MÁQUINA!) e gêneros alimentícios. Ou melhor, é porcaria de comer mesmo. Arroz, feijão isso eu comprei apenas uma vez. Até hoje ainda tenho isso aqui. Compro é batatas fritas, latas de coca-cola, presunto, mussarela, miojo, caixas de bis e tudo o que um solteiro, sozinho e sem empregada precisa para sobreviver em seu lar, principalmente nos fins de semana.
Mas já descobri, caro leitor, que ir ao supermercado com fome faz você comprar até 70% a mais do que se for depois de se alimentar. Quando estou com fome, os alimentos e tudo mais brilham na prateleira. Eu compro mais miojo, mais mussarela, mais presunto, mais produtos de microondas, mais sucos, achocolatados prontos de geladeira, iogurte e chocolate, muito chocolate. Exagero mesmo e só depois percebo que ao comer a primeira dessas coisas todas as outras perdem o sentido. A fome, neste caso, é fator de multiplicação de meu ímpeto comprador, pelo simples fato de que eu compro mas não como na hora (é tipo a história do fumei mas não traguei do Bill Clinton)...
Teoria do chocolate
Mas por falar em chocolate, tenho uma teoria que desenvolvi já há alguns anos sobre a importância que tem na vida de um homem o fato de ele poder comprar seu próprio chocolate. Talvez isso explique porque eu compro muito chocolate. Caro leitor, não exagero e não me tomem como maluco, mas quando eu compro chocolate, uma barrinha que seja, e pago, a sensação de felicidade é impresionante. Passa um filme na minha cabeça, dos tempos em que eu era criança e não podia comprar meu próprio chocolate. Sabe quando você é criança e quer comprar doces mas precisa que o pai ou a mãe dê o dinheiro. Pois então, agora eu posso comprar meu chocolate e decidir quando e quanto eu vou comprar. Eu mando na minha vida. Compro meu chocolate.
È fato que eu não posso comprar o carro que eu quiser, a hora que eu quiser nem quantas vezes eu quiser. Mas, até onde tenho notícia dos preços de chocolates por aí, eu posso comprar qualquer chocolate quando eu quiser. Eu sempre tenho dinheiro para comprar chocolate. Posso comprar milhares de chocolates. Eu sou um rei quando se trata de chocolate.... exagerando um pouco. E aí desenvolvi essas duas teses:
1) Um homem só se torna homem de fato quando pode comprar seu próprio chocolate;
2) A independência de um homem se mede pela quantidade de chocolates que ele pode comprar;
E assim fico feliz, solteiros, sozinho e sem empregada, mas com moral e dinheiro para comprar meu próprio chocolate.

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4 comentários:

Anônimo disse...

Vc sabia que o supermercado tb é o point principal pra passear?? Pois é, eu muitas vezes fico em casa sem saco pra assistir TV e saio de casa pra passear no supermercado.

O que compro?? rssssss
COmpro um monte de inutilidades UTEIS rsss, volto cheia de miojo batata palha, batata frita etc..
E por falar em batata palha, o que seria de nós "morantes sozinhos" sem esse importante item né mesmo?

Passo lonje das prateleiras de coisas inuteis tipo arroz, feijao... bom mesmo é a parte dos biscoitos, bebidas, batata frita rssssss E nao posso deixar de citar é claro, o corredor dos congelados!!

Tu ja experimentou aqueles Marinados da Sadia??? Caracassss é MUITO bom! Nem parece comida comprada, vc poe no forno e sai com aquele cheirinho maravilhoso!!
Se nao tiver arroz (nunca tem), vc pode comer as coxas marinadas com batata palha rssssss

E eu que achei que iria morrer de fome por nao saber cozinhar!!!

Lucas Calente disse...

essa parada da fome é realmente verdade, compro muito menos depois depois de ter comido.
quando vou com fome, ave credo.

Anônimo disse...

Achei o seu post o maximo.
Sou solteira, moro sozinha e assim como vc nao tenho empregada.
enfim vamo ao que interessa...
Acabei de chegar do supermercado...
hoje é sabado, estava sem programa e entao resolvi me produzir e ir até o supermecado para me "divertir" um pouco. Para ser sincera estava me sentindo sozinha e fui ao super apenas para ver pessoas tao solitarias quanto eu.
Deduzi que na prateleira de bebidas eu encontraria alguem para trocar comentarios e sugestao sobre algum vinho, porem passei uns 10 minutos por la e nenhuma alma viva me deu chance. Sentindo-me pior peguei logo uma cerveja importada que sei que nunca irei tomar. A proxima parada foi no corredor de frios, pensei que por la eu encontraria alguem para indicar as lazanhas mais apetitosas na minha opiniao(olhe que essas eu conheço de verdade). Acredite ou nao, a maioria das pessoas que estavam por la eram maes e pais de familiA(pensei que so as pessoas que moram sozinhas comem essas besteiras), peguei umas besteirinhas e decidida a por fim na busca desesperada por trocar meia duzia de palavras com alguem, me encaminhei para o caixa, e foi nesse exato momento que me bateu o real desespero. Olhei para minha cestinha e lembrei de quantas vezes na fila do caixa eu ficava reparando no que os outros compravam e sempre tentava adivinhar se moravam sozinhos ou nao. Sera que alguem estava fazendo o mesmo comigo agora? Juro, deu vontade de sair da fila e ir pegar um pacote de fraldas descartaveis e colocar na cestinha. mas deixei pra lá a ideia "supimpa" que tive e me dirigi ao caixa. Ja na saida do super pensei: Nao vou tomar essa porcaria de cerveja (que não foi baratinha nao), meu estomago vai doer se eu comer toda essa porcaria pronta com uma quantidade de sodio absurda e estou indo para casa decepcionada comigo por ter me iludido com o supermercado e com as pessoas que perderam completamente a sensibilidade.

bjinhus

Ricardo Corrêa disse...

Oxi. Solidarizei-me com o comentário da "anônima" aí. Eu até iria no supermercado com ela, depois dessa. :D